Eu, poeta, visto-me de punhal
Para cortar a minha veia poética,
Permitindo-me sangrar todo mal,
Para somente restar-me, sintética.
Um corte certeiro, eis-me sem lírica,
Livre das metáforas, das antíteses;
Envolvida numa náusea vampírica
Segregando palavras feito mísseis.
Eu, poeta, transformo-me em punhal,
Dando fim a qualquer inspiração
Evitando o ritmo sensorial.
Não mais contendo qualquer emoção,
Dispo-me de ser poeta total
Para que, também, parte não ser, não.
(Luciene Lima Prado)
Tirem tudo mas deixe que a poesia flua livremente pelas ruas e cidades estampadas em "outdoor",que todos possam senti-la esocrrer das veias e inundar a cidade ainda que em sintese.Voce esta cada vez mais voadora e inspirada.Vai que eu nunca me calei diante seu silencio.Eis a razão nesta bela inspiração de imersão.
ResponderExcluirUm carinhoso abraço Lu.
Belo e com paz fim de semana.
Bju no seu coração.
O poeta quando sangra, sangra versos de amor, rimas de vida, desejos e sonhos,,,beijos querida e um belo final de semana pra ti.
ResponderExcluirUm poema tão lindo como forte.Às vezes é bom rasgarmos a suavidade e escrevermos com punhal.Beijos
ResponderExcluir- tão linda e tão poeta. Não é a toa que Bob Dylan diz "como se bastasse o poeta ser a faca da noite" e agora vem você, com seu poema confirmar:"eu poeta transformo-me em punhal/Evitando o ritmo sensorial". Certa feita tive contato com um samurai, pude perceber o quanto é seu equilibrio interior, domina tudo com os olhos, cautelosos, estratégico, meditativo; e num piscar de olhos do inimigo, sua espada já tem dado o golpe mortal. É assim como vejo seu poema, ágil e transcenental. .......Mário Bróis.....
ResponderExcluirBelíssimo e fascinante escrito, onde realmente é estrangulada a veia poética, por nos levar bem além da imaginação... Excelente! Parabéns e abraços poetanos...
ResponderExcluirPassei para desejar-lhe um lindo domingo, com muita paz.Beijos
ResponderExcluirQue maravilha seu blog!
ResponderExcluir"Eu, poeta, visto-me de punhal
Para cortar a minha veia poética,
Permitindo-me sangrar todo mal,
Para somente restar-me, sintética."
Isto é ser poeta!
A tua essência é linda!
Posso seguir vc?
Bem poucos são aqueles poemas/ poesias que me fazem perder-se no tempo/ espaço e me emudecem a alma, tamanha contemplação. Por demais arriscado é, sem uma experiência vasta e cuidadosa, tecer alguma palavra em direção ao que escrevestes aqui, sob pena de destruir-lhe a razão e o mérito; seria, emfim, um desrespeito à arte poética tecer considerações superficiais quando nao tenho "cacique" para atribuir os elogios que merece. eis aqui uma dessas raras poesias! digo-lhe, somente: Parabens!!!
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