Como estão enfastiados meus olhos!
Nem as belas palavras os alegram,
Nem belos jardins com eles combinam;
Há muito se perderam nos abrolhos.
Triste não sentir nos olhos o sabor
Das preces presentes na natureza,
Porque tudo que sentem é tristeza,
O gosto presente é o do amargor.
Lá fora, a vida passa normalmente...
Noutros olhos o prazer predomina;
Todavia, nos meus, não tenho essa sina.
O tempo pra sempre seguirá em frente,
Sem os meus olhos demais fatigados
Que agora esperam a morte entre os prados.
(Luciene Lima Prado)
Nem as belas palavras os alegram,
Nem belos jardins com eles combinam;
Há muito se perderam nos abrolhos.
Triste não sentir nos olhos o sabor
Das preces presentes na natureza,
Porque tudo que sentem é tristeza,
O gosto presente é o do amargor.
Lá fora, a vida passa normalmente...
Noutros olhos o prazer predomina;
Todavia, nos meus, não tenho essa sina.
O tempo pra sempre seguirá em frente,
Sem os meus olhos demais fatigados
Que agora esperam a morte entre os prados.
(Luciene Lima Prado)
Ainda que triste, belo.
ResponderExcluirDepois da tristeza os sorrisos irão brotar, como óasis no deserto.Versos de extrema beleza.Beijos
ResponderExcluirO que pode esta lingua? O que pode este poder de inspirar e se colocar? Minha amiga ao ler seu otimo soneto carregado com todas melancolias tipicas de um belo soneto,sinto na alma um vazio e no coração a alegria de ler algo tão profundo em poesia,cravando sua bela volta às letras.Que seja inspiração e que o sorriso seja possivel numa manhã anunciada pelos passaros em festa no jardim de sua poesia.
ResponderExcluirAmei a construção.Meu carinhoso abraço de paz.Bela semana.
Lu, sem brincadeira, és uma das melhores poetisas que conheço. Como deixou-me emocionado o seu poema, uma obra prima amiga. Aplausos!
ResponderExcluirA alma desse eu poético - se os olhos são mesmo o espelho da alma, como diz a crença popular - me pareceu muito desencantada da vida, que a vida não costuma mesmo encantar. Aprecio e me surpreendo com aqueles que são entusiastas e mantêm uma alegria perene. O poema emociona a quem identifica nele sentimentos irmãos.
ResponderExcluirEliane F.C.Lima (Blogue "Poema Vivo").
- Pois é! você às vezes diz coisas que não deve dizer, como por exemplo, não se achar uma exímia poetisa, e como justificam as palavras do comentário de helio.rocca, faço minha também estas palavras. Se eu morasse enfrente ao mar, colheria todas as ondas, feito rolos de marolas, e te banharia, sim com água do mar, pra ver teus versos desaguar. Se eu fosse chuva, te inundaria, pra ver tua poesia todo dia, chuva que não molha , chuva de pensamento, chuva feito poema de Luciene Lima Prado: "Como estão enfastiados meus olhos!/Que agora esperam a morte entre prados", claro subtende-se morte simbólica, porque seus olhos são muito vivos, isto mesmo, eternamente vivos. Mário Bróis.
ResponderExcluirTraze-me um pouco da tua lembrança,
ResponderExcluiraroma perdido, saudade da flor!
Bom dia e beijos perfumados prá voce! M@ria
O tempo seguirá em frente seu curso, e no caminho ficarão jogados vários sentimentos de amor...um belo dia pra ti ....
ResponderExcluirwww.olivrodosdiasdois.blogspot.com