O meu pranto não tem o gosto salgado;
Quem o prova somente o sente amargo,
De enredo denso a La Woolf ou Clarice,
A esperar doridamente a velhice.
Eu quero em desenredos me implodir,
Causar em mim bem mais que frenesi,
Trazer a mim as flores que não tenho,
Devagar desfazer este meu cenho.
Não choro de tristeza sob esta noite,
Presta atenção que sou o próprio lamento
Que amarga sem dó até o passivo vento.
Vou embora e deixo as vozes se trancando,
Atravessando Orlando e Macabea,
Manchando o poema que em mim estréia.
(Luciene Lima Prado)
Gostei do teu comentário no meu blog. Directo, sentido, frontal, sem incitamento a guerrear. Devo dizer-te que não publiquei 6 comentários, não era aquela a minha intenção, foi mesmo só um lamento, atirado para o ar, mas com um destino certo, apenas um...
ResponderExcluirMenina, tu escreves muito bem!
Este teu soneto está fabuloso!
Parabéns.
Beijo.
Lindo e triste seu poema, você é uma poetisa muito talentosa, escreva sempre, beijos.
ResponderExcluirObrigado Luciene. Volte sempre. Amanhã tem postagem nova. E vindo ao Rio, apareça no nosso encontro.
ResponderExcluirTudo de bom
Oi Luciene, vim aqui te visitar, gosto das tuas poesias, colocas a alma no que escreves, traduzindo a inspiração e a emoção, sejam tristes, alegres ou reflexivos, são letras que prendem o leitor!
ResponderExcluirdesculpe a demora da visita e que Deus te abençoe hoje e sempre!
Abraços Taís